Grito das Excluídas e dos Excluídos vai ecoar pelas ruas de Belo Horizonte
Central Única dos Trabalhadores (CUT), suas entidades de base e parceiros levarão para as ruas do país também as pautas “Vacina para todos”, “Não à MP 1.045”, “Contra a PEC 32” e “Contra as Privatizações"
Publicado: 05 Setembro, 2021 - 20h23 | Última modificação: 06 Setembro, 2021 - 20h58
Escrito por: Rogério Hilário
O Grito das Excluídas e dos Excluídos terá sua 27ªedição em Minas Gerais, nesta terça-feira, 7 de setembro, Dia da Independência do Brasil. Uma das manifestações acontecerá a partir das 10 horas na Praça Afonso Arinos, Região Central de Belo Horizonte. Neste ano, o lema é “Na luta por participação popular, saúde, comida, moradia, trabalho e renda já!”. É momento de união dos setores populares na denúncia dos efeitos nefastos desse governo para o povo brasileiro.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT), suas entidades de base e parceiros levarão para as ruas do país também as pautas “Vacina para todos”, “Não à MP 1.045”, “Contra a PEC 32” e “Contra as Privatizações”.
“Estar nas ruas é um ato democrático e, na Semana da Pátria, é um tempo favorável para seguirmos firmes nessa defesa”, afirmam os organizadores do “O Grito dos Excluídos”, movimento que mobiliza os trabalhadores do campo e da cidade desde 1995, quando ocorreu o primeiro manifesto público no dia 7 de setembro.
O Grito das Excluídas e dos Excluídos é dos eventos mais tradicionais da história de luta do povo brasileiro. Este ano, o movimento se une à campanha nacional #ForaBolsonaro, contra o desemprego e contra a fome que assolam o país. “Estamos vivendo um momento de crises – social, ambiental, sanitária, humanitária, política e econômica – sobretudo causadas pela ação nefasta de um governo genocida, negacionista e promotor do caos que visa principalmente destruir, de qualquer forma, a democracia e a soberania do nosso país”, denunciam.
“O Grito das Excluídas e dos Excluídos é um processo de construção coletiva, é muito mais que um ato. Por isso, nossa luta não se encerra no dia 7 de setembro”, afirma a coordenação do movimento. “Nossa luta é uma maratona, não é uma corrida de 100 metros. O Grito é uma manifestação popular carregada de simbolismo, espaço de animação e profecia, sempre aberto e plural de pessoas, grupos, entidades, igrejas e movimentos sociais comprometidos com as causas da população mais vulnerável”.
O grande ato para tirar o genocida do poder é também contrário aos cortes na educação, contra a reforma administrativa e as privatizações, e em defesa da vacina contra a Covid-19, que matou mais de 581 mil pessoas no país.
Não podemos mais aceitar essa agenda golpista, autoritária e antipopular de Jair Bolsonaro!
Em todo o país, também vamos protestar contra a Reforma Administrativa (PEC 32), as privatizações e a inflação, pelo auxílio emergencial de R$ 600 e por vacina e empregos para todas e todos.
Orientações de Segurança:
Use máscaras N95/PFF2;
Traga seu álcool em gel;
Mantenha o distanciamento mínimo de 2 metros
Traga sua bandeira e seu grito por #ForaBolsonaro!
Debate na Rádio Itatiaia
Jairo Nogueira Filho, em debate na Rádio Itatiaia, com o vereador Nikolas Ferreira (PRTB), apoiador de Bolsonaro, entrevistado pela repórter Kátia Pereira, falou sobre as pautas do 27º Grito das Excluídas e dos Excluídos. “Estamos fazendo no nosso 27º Grito das Excluídas e dos Excluídos. No nosso entendimento, o povo brasileiro está vivendo um dos piores momentos da nossa República, desde a redemocratização no Brasil, com a carestia, com a falta de emprego. Os principais temas do nosso Grito são a comida, a questão das vacinas, que ainda não vacinou toda a população. São apenas 30% só de vacinados de fato. A questão da moradia, aumentou demais o número de pessoas morando nas ruas, as pessoas sem condições de pagar aluguéis. E a questão de trabalho. O Brasil vive hoje um alto índice de desemprego. Temos mais de 14% de desempregados. E as pessoas vivendo de bicos e de outros expedientes que não são o trabalho formal. Então é um Grito das Excluídas e dos Excluídos muito importante para nós. E para nós quem provocou tudo isso foi o governo Bolsonaro. Tem também o Grito ‘Fora Bolsonaro’. Para a saída do presidente e a gente construir uma nova lógica para o Brasil, novo modelo de gestão, por que o que está aí não atende ao povo.”
Sobre a tese de perseguição a Bolsonaro, apresentada pelo vereador Nikolas Ferreira. “A tônica do governo Bolsonaro. Não assume nada do que faz. Sempre culpa alguém. Veja o que aconteceu com os combustíveis. Pagamos a gasolina mais cara da nossa história e a culpa agora é dos governadores. Se tem a questão das vacinas, que o governo negou desde o início. E temos a vacinação em sete meses e não alcançou 30% da população. Eles têm a questão da perseguição muito presente neles. Para pôr a culpa nos outros dos erros do governo e da própria competência”, continuou o presidente da CUT/MG.
Sobre a alegação de populismo e politização dos temas e da pandemia por prefeitos, consideradas pelo vereador como responsáveis pela carestia, a crise energética, o desemprego e o crescimento da miséria no país, Jairo Nogueira Filho foi enfático: “Se o presidente trabalhasse um pouco mais, em vez de passear de moto no horário do trabalho dele. Ele, como funcionário público, isso é um absurdo. Esteve em Uberlândia, em um dia de semana, passeando de moto em vez de estar trabalhando para o povo brasileiro. Se tivesse feito a vacinação de nosso povo, anteriormente, como estava previsto, com a oferta de vacinas que tiveram, o comércio teria aberto antes."
"A questão da crise energética já tem mais de um ano que o governo sabia que iria acontecer. Devia ter tomado uma atitude há um ano. Não em cima da hora, com a gente com risco de racionamento. É um governo que não trabalha, não faz o que tem que ser feito. Então por isso é que falamos Fora Bolsonaro pela sua incompetência. Ele não estava preparado para ser presidente do Brasil. Montou uma equipe econômica que está trazendo um projeto que o mundo já abandonou. Projeto neoliberal do mercado mandar em tudo. Uma política equivocada. Não fez nenhuma questão de alimentar, para que os preços abaixassem. O povo está vivendo a fome. O povo passando fome. Está morando na rua. É só rodar um pouco em BH. A juventude não tem emprego”, afirmou o presidente da CUT/MG.