“Marighella” fortalece unidade e resistência nas lutas em tempos de Bolsonaro e Zema
Em parceria de CUT/MG e MST, sessão especial no Sindipetro/MG é aplaudida de pé, ao som de palavras de ordem “Marighella Vive”, “Fora Bolsonaro” e “Lula Livre”
Publicado: 27 Novembro, 2021 - 17h52 | Última modificação: 29 Novembro, 2021 - 17h05
Escrito por: Rogério Hilário | Editado por: Rogério Hilário
A Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), em parceria com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), realizou a exibição de “Marighella”, na noite de sexta-feira (26), no auditório da sede do Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro/MG). Ao final da sessão especial, a produção de uma trajetória de um personagem histórico da luta contra a opressão, as desigualdades e a Ditadura Militar, dirigida por Wagner Moura foi aplaudida de pé, ao som de palavras de ordem “Marighella Vive”, “Fora Bolsonaro” e “Lula Livre”.
A obra conta a história do escritor, político e guerrilheiro baiano que lutou contra a Ditadura Militar e foi declarado o inimigo número um do regime na época. Foram sorteados, após a exibição, dois livros, um deles escritos por Marighella e outro sobre ele. Numa alusão às sessões de cinema tradicionais, foram distribuídos saquinhos de pipoca aos convidados.
Assim como tem sido realizado por sindicatos e movimentos sociais em todo o país, a sessão especial promovida pela CUT Minas e seus sindicatos tem como objetivo promover o filme e o legado de luta e resistência de Marighella. Além disso, o evento fez parte das atividades promovidas pela CUT no mês da Consciência Negra.
“A exibição do filme, numa parceria da CUT Minas com o MST, com o sorteio de dois livros sobre Marighella, um escrito por ele e outro sobre ele, deixa ainda mais forte uma luta por mais Marighellas e menos Bolsonaros. É um filme empolgante e que contribui para nossa formação política. O tema apresentado é bem atual. Evidencia a conjuntura em que vivemos e o nosso apontamento na resistência na luta de classes, tal como acontecia durante a Ditadura Militar”, disse Alexandre Finamori, coordenador do Sindipetro/MG, anfitrião da exibição.
Jairo Nogueira Filho, presidente da CUT/MG, ressaltou a importância de mais exibições de “Marighella”. E também fez um chamamento para a união de todos os movimentos sindical, sociais e populares para as mobilizações contra a privatização de empresas públicas e em defesa de direitos e conquistas de trabalhadoras e trabalhadores dos serviços públicos. “Na segunda-feira e na terceira-feira teremos paralisações na Cemig e na Copasa, com ato conjunto na manhã de terça-feira. É fundamental a união de todas e todos nesta luta, que significa um enfrentamento à política de sucateamento, retirada de direitos e Estado mínimo que está em curso no governo federal, com Jair Bolsonaro, e em Minas Gerais, com Romeu Zema.”
Nathalia Ramos, do Levante Popular da Juventude, convocou a todas e todos para ato, no dia 4 de dezembro, às 14 horas, na Praça da Liberdade, com o tema “Bolsonaro Nunca Mais”, organizado pela Campanha Fora Bolsonaro.