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Metalúrgicas e metalúrgicos reivindicam reajuste de 10% sem parcelamento

Representadas das categorias entregam pauta unificada à Fiemg. O fim do reajuste parcelado foi uma grande conquista da CCT de 2022

Publicado: 07 Agosto, 2023 - 11h19 | Última modificação: 07 Agosto, 2023 - 11h23

Escrito por: Sindicato dos Metalúrgicos de BH, Contagem e Região e Senge/MG | Editado por: Rogério Hilário

Senge/MG
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A Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM/CUT-MG), a Fitmetal e a Femetal-MG, representando os sindicatos dos trabalhadores nas indústrias metalúrgicas, mecânicas e de material elétrico de Minas Gerais, o Sindicato dos Engenheiros no Estado de Minas Gerais (Senge/MG) e outros sindicatos protocolaram, na quinta-feira, 3 de agosto, na Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), a pauta de reivindicações da negociação coletiva de 2023/24, do setor metalúrgico de Minas Gerais.

A caminhada rumo a manutenção e ampliação dos direitos econômicos e sociais garantidos pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) teve início com a aprovação da pauta de reivindicações, durante assembleia realizada dia 27 de julho, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos.

A principal reivindicação dos metalúrgicos de Minas é um reajuste salarial de 10%, sem parcelamento, ou seja, integral. O índice leva em consideração a previsão da inflação para outubro, que é de 5,07%, mais um ganho real de 4,93%, para repor as perdas que o metalúrgico vem sofrendo desde 2016.

O fim do reajuste parcelado foi uma grande conquista da CCT de 2022. Este ano, além da aplicação integral do índice e do aumento acima da inflação, os metalúrgicos também lutam por um abono de R$ 900, para trabalhadoras e trabalhadores, valorização do piso salarial, redução da jornada de trabalho, ampliação das licenças maternidade e paternidade, entre outros.

A advogada, Lorena Cardoso, assessora jurídica do Senge/MG, destacou a importância da pauta conjunta, o que reforça a luta coletiva e a possibilidade de avanços de direitos para toda a base representada. “Essa negociação é uma das poucas que, de fato, as categorias diferenciadas conseguem unificar numa pauta única. Na pauta específica dos engenheiros, o reajuste de fato, sem faixa de corte e sem parcelamento veio muito forte nas nossas assembleias. Então, essa será a nossa principal reivindicação junto com o salário mínimo profissional.”

Geraldo Valgas, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de BH/Contagem, disse que essa negociação, cuja data-base é outubro, atingirá mais de 250 mil metalúrgicos no Estado, que anseiam por valorização profissional e melhores salários.

Os presidentes da FEM/CUT, Marco Antônio de Jesus; da Fitmetal, Alex Santos Custódio e da Femetal, Ernani Geraldo Dias, destacaram que a iniciativa das federações de se unificarem na luta fortalece o todo e, neste sentido, reafirmaram: “Sairemos na unidade para avançar nas reivindicações das cláusulas sociais e econômicas.”

Jairo Nogueira, presidente da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), também presente, falou da importância da indústria na geração de emprego e renda, lembrando que o país está num momento de recuperação da sua economia com o governo Lula. Aproveitou para cobrar da Fiemg que ela volte seus olhares para a valorização da classe trabalhadora do segmento produtivo industrial, uma vez que tem priorizado com muita ênfase o segmento minerário.

Protocolo da pauta de reivindicações da negociação coletiva de 2023- setor metalúrgico de Minas Gerais: em defesa de salário mínimo profissional, aumento real, reajuste sem faixa de corte e sem parcelamento.