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Metroviárias e metroviários mantêm paralisação em Belo Horizonte

Categoria aprova continuidade da greve, exige garantia de emprego ou no mínimo a realocação em outras unidades da CBTU, mas segue também na luta contra a privatização da STU-BH

Publicado: 24 Março, 2022 - 15h02 | Última modificação: 24 Março, 2022 - 15h11

Escrito por: Rogério Hilário, com informações do Sindimetro-MG | Editado por: Rogério Hilário

Sindimetro/MG
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Metroviárias e metroviários aprovaram na noite de quarta-feira, 23 de março, a continuidade da greve deflagrada na segunda-feira (21). A categoria reivindica da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e do governo federal a garantia de empregos. A Superintendência de Trens Urbanos de Belo Horizonte (STU-BH) está em processo de privatização e trabalhadoras e trabalhadores, representados e coordenados pelo Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro/MG) exigem, no mínimo, a realocação em outras unidades da CBTU em outros estados. A decisão de manter a escala mínima, das 10 horas às 17 horas, aconteceu em assembleia realizada na Estação Central do Metrô, na Praça Sete, no Centro da capital mineira.

De acordo com o Sindimetro/MG, a categoria precisa se manter unida também para combater a ideia reverberada pela imprensa de que a greve é exclusivamente contra a privatização. Na verdade, esclarece o Sindicato, a paralisação foi votada para que metroviárias e metroviários tenham seus direitos respeitados. Trabalhadoras e trabalhadores da empresa são todos concursados e boa parcela  da categoria está para se aposentar. Apesar disso, o governo com a privatização não garantirá a estabilidade do emprego para os funcionários, deixando o destino de todas e todos na mão do novo patrão.

O Sindimetro/MG lembra que, como todos sabem, uma das primeiras medidas das empresas privatizadas é a demissão dos concursados e admissão de novos trabalhadores ganhando uma miséria e quase sempre sem a preparação suficiente para exercer as funções de forma eficiente. O maior exemplo é o que aconteceu com a Vale do Rio Doce, que além de mudar de nome, ficando apenas Vale, vem causando desastres criminosos contra a natureza e ao povo brasileiro.

Metroviárias e metroviários estão convictos de podem vencer, assegura da diretoria do Sindicato. A empresa entrou com ações para determinar que o trabalho volte ao normal, mas nem mesmo a Justiça vem dando razão ao governo.

O Sindimetro/MG pode convocar nova assembleia e atos e, para isso, a participação maciça da categoria é fundamental, bem como conquistar o apoio da população, apesar dos transtornos que uma greve provoca. Para a diretoria do Sindicato, é melhor fazer um esforço agora do que, depois, a população não ter condições sequer de pagar uma passagem, que deve alcançar preços exorbitantes com a privatização da STU-BH.