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Metroviárias e metroviários suspendem paralisação, mas mantêm estado de greve

Categoria e Sindimetro/MG aguardam resposta da intermediação do Ministério Público do Trabalho (MPT), prevista para próxima sexta-feira, 24 de março

Publicado: 18 Março, 2023 - 11h13

Escrito por: Rogério Hilário, com informações do Sindimetro/MG | Editado por: Rogério Hilário

Rogério Hilário
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Em assembleia geral de metroviárias e metroviários, realizada na sexta-feira, 17 de março, na Estação Central, a categoria votou pelo retorno do funcionamento total do metrô, a partir de 0h de segunda-feira (20). Os empregados manterão o estado de greve e esperam pela resposta da intermediação do Ministério Público do Trabalho (MPT), prevista para próxima sexta-feira, 24 de março. Nova assembleia está convocada para o mesmo dia, às 17 horas, na Estação Central, quando trabalhadoras e trabalhadores podem retomar a paralisação. A greve total começou à 0h do dia 15 de fevereiro. 

O Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro/MG) participará de audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, na próxima terça-feira, 21 de março, às 14h30, para tratar da privatização do metrô e o impacto para a população de Belo Horizonte e Contagem. Na quinta-feira (23), às 13h30, outra audiência pública ocorrerá na Câmara Municipal de Belo Horizonte, com a presença de representantes do Governo do Estado de Minas Gerais e o Grupo Comporte, para discutir a situação dos trabalhadores.

Na busca da melhor negociação para os trabalhadores, os diretores do Sindimetro/MG buscam agendas com o Ministro do Trabalho, Luiz Marinho e com o Ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho. Em encontro do presidente da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), e do presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Sintect/MG), com o ministro Luiz Marinho, na tarde de quinta-feira, 16 de março, ficou agendada uma agenda dos metroviários com o Ministério do Trabalho e Emprego na próxima semana.

Nova assembleia, dia 24 de março, às 17 horas, na Estação Central para deliberar sobre os rumos que a categoria irá tomar.

Nota do Sindimetro/MG

A audiência de mediação ocorreu em Brasília na data de hoje, 16 de março de 2023, no Ministério Público do Trabalho (MPT). Os Órgãos do governo federal (Ministério das Cidades e Casa Civil) não levaram nenhuma proposta. Os representantes do governo disseram que estavam na reunião para ouvir.

Segue o adiamento da assinatura do contrato, devido a pendências junto ao BNDES. Dessa forma, a mediação foi suspensa e o MPT irá aguardar até o dia 24 de março para a manifestação dos órgãos do governo federal com relação ao adiamento ou apresentação de proposta para os empregados.

Outro fruto da audiência de mediação foi a notícia de fato sobre a Comporte estar circulando na empresa, fazendo reuniões, alterando a estrutura gerencial das áreas e convidando alguns membros da categoria para trabalharem com eles. Também se investigada a denúncia de assédio moral e gestão irregular indireta da CBTU-MG.

Dessa forma, seguiremos mobilizados no aguardo de propostas em contato com o governo federal. Sabe-se que a Casa Civil tem interesse na assinatura do contrato de concessão da CBTU-MG o quanto antes, porém, o Sindimetro-MG continuará cobrando do governo que se espere até que a situação dos trabalhadores e trabalhadoras seja resolvida.

Apesar dos esforços de mediação, a reunião não resultou em nenhum documento estabelecendo novo prazo para a assinatura da concessão.

Entenda a greve

Em 22 de dezembro do ano passado, o metrô de BH foi privatizado em leilão realizado em São Paulo (SP). O grupo Comporte venceu o certame com lance único de R$ 25,75 milhões.

Em 14 de fevereiro, os servidores optaram por realizar uma greve total cobrando o fim da privatização. Em seguida, o Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Regional (TRT-3) determinou que os metroviários fizessem escala mínima de 70% no funcionamento do serviço, mas eles optaram por não aderir à redução e manter a paralisação de 100%.

Os servidores da CBTU-MG reclamaram que não foram ouvidos durante o processo de elaboração do edital de concessão do metrô da capital e que temem a falta de estabilidade com a desestatização.