Metroviárias e metroviários suspendem greve e vão avaliar proposta do prefeito
Atraso na vacinação e os descumprimentos sucessivos do acordo judicial por parte da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) colocam a vida de todas e todos em risco.
Publicado: 18 Maio, 2021 - 11h24 | Última modificação: 19 Maio, 2021 - 17h59
Escrito por: Sindimetro/MG
Metroviárias e metroviários decidiram, nesta quarta-feira, 19 de maio, suspender a paralisação que seria realizada amanhã e vão participar, nesta sexta-feira, 21, de nova assembleia para decidir se aceita o prazo pedido pelo prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, ou mantém a greve para a próxima semana. O prefeito pediu prazo para apresentar uma nova proposta para o Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro/MG). A categoria havia aprovado, em assembleia online realizada na segunda-feira (17), paralisar as atividades por 24 horas nesta quinta-feira, 20 de maio, para cobrar a vacinação.
Nosso país vive uma tragédia. Com mais de 430 mil mortes nas estatísticas oficias, a pandemia do Covid-19 está fora de controle. O atraso na vacinação é responsabilidade de um governo negacionista, que de forma criminosa resolveu tratar a doença como uma “gripezinha”.
Nesse contexto, os metroviários de Belo Horizonte estão chegando a uma situação insuportável. Nossas conquistas relativas aos revezamento garantiram, por um lado, que fossemos a STU com o menor índice de contaminação (7%), mesmo sendo a mais baixa que as outras unidades estamos acima da média nacional. O atraso na vacinação e os descumprimentos sucessivos do acordo judicial por parte da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) colocam nossas vidas em risco.
Já perdemos quatro companheiros para a doença e o perigo é esse número aumentar. Já tivemos surtos na manutenção, no Centro de Controle Operacional (CCO) e na operação. É preciso chamar a responsabilidade da empresa e dos governos quanto à nossa saúde e a nossa vida.
Temos plena consciência do caráter essencial do serviço que prestamos e, por isso, temos orgulho de servir a população em um momento tão delicado de nosso país. Mas não é possível que o preço a pagar para continuar o trabalho seja arriscar permanentemente nossas próprias vidas. Queremos seguir trabalhando mas para isso, é necessário dizer, precisamos estar vivos!
Pela vida, pela vacina chega de mortes. Vacina para todos os metroviários, próprios e terceirizados.