Não à perseguição política do representante da CIPA do CDD Novo Progresso
A retaliação à greve geral foi comprovada com a transferência/ “empréstimo” arbitrário do membro da CIPA, o ativista Carlos Roberto
Publicado: 15 Outubro, 2020 - 16h18 | Última modificação: 15 Outubro, 2020 - 16h22
Escrito por: Sintect/MG
Em meio a mais um ataque do Governo Federal, que apresentou novo projeto para privatizar os Correios, e depois da maior greve da história da categoria, a direção da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) implanta um regime de perseguição aberta aos trabalhadores que participaram do movimento paredista e transfere membro da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA, sem a anuência do mesmo, como forma de retaliação política no pós-greve.
O Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Correios e Telégrafos e Similares do Estado de Minas Gerais (Sintec/MG) foi averiguar a situação e constatou que a direção da ECT vem perseguindo os trabalhadores que participaram do movimento paredista, em evidente descumprimento ao direito de greve. A retaliação foi comprovada no CDD novo progresso com a transferência/ “empréstimo” arbitrário do membro da CIPA, o ativista Carlos Roberto. O companheiro, além de Cipeiro eleito no setor de trabalho, é ativista sindical e participou ativamente na greve da categoria.
O ato de perseguição é descarado e atenta contra a legislação vigente que, além de regulamentar o funcionamento da CIPA, também versa sobre as garantias do Cipeiro que não pode ser transferido do setor de trabalho para o qual foi eleito para atuar. O ato da Empresa descumpre diretamente a Norma Regulamentadora número cinco (NR 5). Não se pode transferir, e muito menos “emprestar”, o Cipeiro que foi treinado especificamente para atuar em situação de interesse da unidade de trabalho em casos de prevenção e principalmente em emergências relacionadas a segurança do trabalho. A ECT comete dois atos lesivos ao perseguir politicamente o participante do movimento paredista e inviabilizar a prevenção de acidentes na unidade, o que coloca em risco a vida de todos os trabalhadores do setor. Como o Cipeiro vai atuar na unidade para a qual foi eleito, se estiver “emprestado” em outra unidade?
Importante registrar que não é a primeira vez que o companheiro Carlos Roberto, Cipeiro do CDD Novo progresso, sofre perseguição da Empresa. O companheiro é atuante e defende de forma vigorosa as condições adequadas de trabalho para os trabalhadores do setor, o que gerou outras perseguições já denunciadas pelo Sintect-MG.
Diante da situação chamamos os trabalhadores a se mobilizarem para o retorno imediato do companheiro Carlos Roberto, Cipeiro legitimamente eleito pelos trabalhadores para o CDD Novo Progresso. Está evidente a perseguição política sobre o companheiro que participou do movimento paredista. O Sindicato vai fazer a denúncia em todos os canais cabíveis para a situação e conclama os trabalhadores a se manterem firmes e denunciar qualquer tipo de perseguição nos seus locais de trabalho.