NOTA DE APOIO DO SIND-UTE/MG À GREVE DE EDUCADORAS E EDUCADORES DO PARANÁ
Em defesa da manutenção dos contratos de trabalhadoras e trabalhadores em educação
Publicado: 24 Novembro, 2020 - 20h36 | Última modificação: 24 Novembro, 2020 - 20h43
Escrito por: Sind-UTE/MG
O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) manifesta apoio e solidariedade aos trabalhadores e às trabalhadoras da educação estadual no Paraná pela greve de fome, que acontece desde a última quinta-feira (19 de novembro), na porta do Palácio Iguaçu.
Desse ato de indignação e resistência participam 29 educadoras e educadores que - pelo desgaste que uma greve de fome provoca – já demonstram sinais de debilidade. Mas, em face do significado da luta não desanimaram e continuam utilizando esse instrumento - a greve de fome - como forma de resistir e de lutar pelos direitos das trabalhadoras e trabalhadores da educação, num gesto de representatividade do coletivo.
Vale lembrar que vivemos em todo país as consequências da pandemia da Covid-19. No Brasil já são mais de 6 milhões de infectados e mais de 169 mil mortes (dados de 22/11/2020). Na região Sul do país, a pandemia está em alta nos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Portanto, a greve de fome dos trabalhadores e das trabalhadoras em educação Paraná é uma forma de fazer o enfrentamento ao governo sem colocar em risco um grande número de manifestantes neste momento.
Até agora, o governo não apresentou nenhuma proposta para negociação com a categoria, nem ofereceu um espaço para debate sobre as pautas da educação, principalmente, em relação à suspensão do Edital 47/2020, que diz respeito a contratação de professoras e professores, temporárias e temporários. O edital prevê uma prova presencial, durante a pandemia, com 90 mil candidatas e candidatos, colocando em risco a vida de milhares de pessoas para contratação de 4 mil docentes no período de apenas um ano.
Afirmamos que os critérios de seleção desse Processo Seletivo Simplificado (PSS) não necessitavam de provas presenciais, posto que este processo ocorre em Concursos Públicos, que também têm sido negligenciados pelo atual governo. O Processo Seletivo Simplificado (PSS) tem sido usado de forma errônea, desde 2005, para suprir o déficit de educadoras e educadores do Paraná. A finalidade desse tipo de contratação, segundo a legislação, é emergencial e temporária.
É evidente o descaso do governo com a educação e com a segurança da população optando em colocar milhares de vidas em risco com o edital 47/2020, em vez de prorrogar os contratos atuais das trabalhadoras e trabalhadores em educação. Com isso, a greve continua e, nesta segunda-feira (23), acontece uma concentração na Praça 19 de dezembro, no Centro Cívico. Nosso apoio e solidariedade a todas e todos que estão na luta por uma educação pública de qualidade social no Paraná. Nosso abraço daqui de Minas Gerais a toda a categoria por meio do APP-Sindicato Paranaense e, em especial, aos 29 educadoras e educadores que estão em greve de fome em prol do coletivo!
Força na Luta!