Nota de solidariedade a trabalhadoras e trabalhadores da educação do Paraná
Publicado: 25 Novembro, 2020 - 15h29 | Última modificação: 25 Novembro, 2020 - 15h43
Escrito por: CUT/MG
A Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG) manifesta sua solidariedade com trabalhadoras e trabalhadores da educação estadual do Paraná, em greve de fome desde a última quinta-feira, dia 19 de novembro. Eles permanecem acampados na porta da sede do governo, o Palácio Iguaçu, resistindo e lutando pelos seus direitos. E, de forma consciente, representam o coletivo da educação do Estado e fazem o enfrentamento com o governo sem colocar em risco, com aglomeração, a categoria, no momento em que a pandemia de Covid já ceifou quase 170 mil vidas.
São 29 educadoras e educadores, contratados por Processo Seletivo Simplificado, lutam pela realização de concurso público, pela prorrogação do atual contrato de PSSs e por não haver prova presencial neste momento de pandemia, entre outras reivindicações. Eles exigem a revogação do edital 47, que estipula o PSSs em condições contrárias às reivindicadas pela categoria. O governador Ratinho Júnior (PSD) ignora as reivindicações da categoria e vai jogar no desemprego 30 mil educadores e funcionários.
O edital prevê uma prova presencial, durante a pandemia, com 90 mil candidatas e candidatos – que ainda vão pagar pela inscrição -, colocando em risco a vida de milhares de pessoas para contratação de 4 mil docentes temporárias e temporários no período de apenas um ano. E isso sem garantia nem de segurança sanitária nem de que de fato conseguirão o trabalho no próximo ano.
A atitude arbitrária e perversa do governador Ratinho Júnior evidencia o total descaso com a educação pública, que pretende precarizar ainda mais com o fechamento de escolas tradicionais, e a segurança da população, devastada por uma pandemia que já infectou mais de 6 milhões de pessoas e está em alta no Sul do país.
A CUT/MG reitera seu apoio às educadoras e aos educadores do Paraná e parabeniza a categoria e à APP-Sindicato pela resistência à tirania do governo do Estado e pela luta pelos direitos de trabalhadoras e trabalhadores e por uma educação pública de qualidade social.