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Privatização da Copasa vai a votação em 1º turno na Assembleia Legislativa de MG

Oposição tentou barrar andamento do projeto que pode provocar aumento das tarifas e prejudicar os consumidores mineiros

Publicado: 02 Dezembro, 2025 - 09h54

Escrito por: ALMG

Willian Dias/ALMG
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Mais uma vez, parlamentares da oposição fizeram obstrução, mas não conseguiram evitar a aprovação do parecer na Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO). Segundo a deputada estadual Beatriz Cerqueira, o PL 4.380/25 será colocado em votação no Plenário nesta terça-feira (2). Foram convocadas reuniões às 9 horas, às 14 h e às 18 h.

Durante a reunião da FFO os deputados de oposiçãos alertaram que a privatização da Copasa pode provocar aumento de tarifas e prejudicar os consumidores mineiros, especialmente aqueles que vivem nas regiões que enfrentam escassez de água.

A deputada Beatriz Cerqueira (PT) reclamou da falta de informações técnicas que justifiquem a necessidade de desestatização da Copasa. “Esse projeto continua tramitando sem um único estudo que demonstre que a privatização seria o caminho para cumprir as metas do Marco Legal do Saneamento Básico”, criticou.

Já a deputada Bella Gonçalves chamou a atenção para o programa Pró-Mananciais, por meio do qual a Copasa garante a preservação de nascentes, barraginhas e áreas de proteção ambiental. Ela alertou para o risco de descontinuidade desse programa após a privatização. A Mata do Jambreiro, em Belo Horizonte, seria uma das áreas ameaçadas, segundo a parlamentar. “Essas áreas serão vendidas ou permanecerão com a Copasa?”, questionou.

Por sua vez, o deputado Hely Tarqüínio (PV) reiterou seu posicionamento de que a água, por ser essencial para a vida, não pode ser objeto de exploração privada. “A água é a mãe da vida; não pode ser privatizada”, defendeu. O parlamentar ainda reclamou que muitos prefeitos não foram chamados a participar das discussões sobre a venda da Copasa.

Todos os requerimentos apresentados na tentativa de adiar a votação do parecer foram rejeitados. O relatório do deputado Zé Guilherme acabou aprovado com os votos contrários da deputada Beatriz Cerqueira e do deputado Hely Tarqüínio.

*Com informações da ALMG