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Sind-Saúde participa de vistoria no Hospital João XXIII

Unidade precisa de pelo menos mais 240 médicos, além de trabalhadores de outras categorias, principalmente enfermagem

Publicado: 29 Junho, 2018 - 16h46 | Última modificação: 29 Junho, 2018 - 16h53

Escrito por: Sind-Saúde/MG

Sind-Saúde/MG
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Dirigentes do Sind-Saúde e o presidente do CMS/BH, Bruno Pedralva, durante vistoria no HPS

 

A convite do Conselho Municipal de Saúde (CMS/BH), o Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde/MG) participou, na manhã desta sexta-feira (29), de vistoria às instalações do Hospital João XXIII. A visita foi organizada pelo Sindicato dos Médicos (Sinmed/MG) juntamente com o comando de greve da categoria da unidade.

Conforme o comando de greve, o corpo clínico do Hospital trabalha hoje com um desfalque de cerca de 240 profissionais, além de trabalhadores de outras categorias, principalmente a enfermagem. A situação é agravada pela falta constante de insumos exclusivos para atendimento, equipamentos e problemas de infraestrutura, entre outros.       

O Sind-Saúde denunciou o fechamento de seis leitos no CTI João XXIII por falta de pessoal. Os diretores do Sindicato também alertam quanto ao dimensionamento de pessoal na sala de recuperação do Bloco Cirúrgico. O Sindicato frisa que, até pelo perfil dos pacientes, na maioria entubados e sob sedação, deve-se seguir a RDC nº 26 da Anvisa que prevê 1 (um) técnico de enfermagem para 2 (dois) pacientes, a mesma que regulamenta o quantitativo em CTI.   

O CMS deverá encaminhar ofício à Fhemig, exigindo o funcionamento pleno do setor com a abertura dos leitos que reflete diretamente na desassistência do usuário do SUS

Segundo o presidente do CMS/BH, Bruno Pedralva, o Conselho, assim com a população de Belo Horizonte, se orgulha do Hospital João XXIII e das demais unidades da Fhemig, mas, independente da crise financeira, exige equipamentos e quantitativo de pessoal para o atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde.     

Prédio do CMT pode ir para o setor privado

Diretores do Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde/MG) participaram nesta sexta-feira (29) de reunião extraordinária convocada pelo Conselho de Saúde do Hospital João Paulo II (antigo CGP). Trabalhadores e o controle social querem impedir que o governo transfira o prédio do Centro Mineiro de Toxicomania (CMT), anexo ao prédio do Hospital, para o setor privado.

O Sind-Saúde protestou denunciando que não é desta forma que a crise da saúde será resolvida – entregando o patrimônio público e a responsabilidade pela assistência à saúde, que é do estado, para o setor privado.

Ao final da reunião, por meio de votação dos conselheiros do controle social do Hospital, foi elaborada moção de repúdio contrária à transferência do prédio do CMT para a iniciativa privada em detrimento do interesse público.

Por meio de deliberação do Conselho de Saúde local, também ficou decidido que será enviado ofício ao Conselho Curador e à presidência da Fhemig visando impedir a privatização. O Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais (CES/MG) também enviará ofício às mesmas entidades exigindo que a transferência do prédio do CMT para a gestão privada seja suspensa.

O Sind-Saúde acrescentou que convocará os trabalhadores das duas unidades (CGP e CMT) para reunião com o objetivo de mobilizar a todos para a luta em defesa do Hospital. Para o Sindicato, a transferência é indiscutível.

Os conselhos deram prazo de 15 dias, a contar de hoje, para receber a resposta do governo aos ofícios. Cinco dias após o recebimento do retorno da gestão da Fhemig, nova reunião extraordinária será convocada para que a destinação do prédio do CMT seja novamente discutida.