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Sindibel promove ato em memória de José Célio da Silva, vítima da Covid-19

Celinho, como era conhecido pelos colegas, trabalhava na farmácia da UPA do Hospital Odilon Behrens (HOB)

Publicado: 10 Agosto, 2020 - 13h54 | Última modificação: 10 Agosto, 2020 - 14h22

Escrito por: Sindibel

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Servidores e servidoras da Saúde fizeram nesta segunda-feira (10) um ato em homenagem ao técnico de enfermagem José Célio da Silva, que faleceu no último sábado (8) em decorrência da Covid-19. Celinho, como era conhecido pelos colegas, trabalhava na farmácia da UPA do Hospital Odilon Behrens (HOB).

A homenagem, em tom de protesto, foi organizado pelo Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos de Belo Horizonte (Sindibel). Na porta do HOB, os trabalhadores e trabalhadoras fizeram um minuto de silêncio e estenderam faixas com mensagens alusivas ao trabalho insuficiente dos governos federal, municipal e estadual no controle da pandemia de coronavírus. 

A diretora da área da Saúde do Sindibel, Cleide Donária de Oliveira, que é agente de serviço de saúde, lembrou durante a manifestação que os profissionais precisam ter reservado o direito de testagem massiva, para controle de infecção entre os servidores. “Se um profissional testou positivo e outros dois possuem sintomas, é necessário que toda a equipe, do porteiro à direção, sejam testados, para identificar qualquer tipo de furto, em vez de fazerem testes aleatórios”, afirmou.

Já a diretoria da área do HOB, do Sindibel, Marília de Fátima Silva, fez questão de falar em nome dos profissionais da unidade. “O direito ao teste é um direito de todos do HOB. É importante que todos sejam monitorados, que tenham acesso aos equipamentos de proteção individual e que sejam seguidos os protocolos de saúde”, lembrou.

Colegas de trabalho de Célio levantaram placas com homenagem ao técnico de enfermagem. Em outras unidades de saúde da cidade, servidores e servidoras fizeram um minuto de silêncio às 11 horas, acompanhando o protesto.

Célio é o 2º profissional de saúde da PBH a perder a vida por conta da doença, junto a Gerônimo Batista, da UPA Barreiro, e o primeiro do HOB. Ao todo, em Belo Horizonte, já são 5 profissionais da enfermagem mortos pela doença.

O presidente do Sindibel, Israel Arimar de Moura, fez questão de lembrar que além de chegar à trágica morte de 100 mil vítimas de Sars-Cov-2, o Brasil ainda está escondendo dados, uma vez que o Ministério da Saúde está há dois meses sem sequer atualizar os números de profissionais de Saúde vítimas da Covid-19. “Os dados que temos juntos aos sindicatos são de mais de 300 profissionais mortos e o Ministério não está nem atualizando as informações”, comentou.

A luta do Sindibel continua. Em 2020, o lema “Nenhum direito a menos” foi ampliado para “Nenhuma vida a menos”. #NenhumaVidaAMenos #Sindibel