TCE suspende expansão do modelo cívico-militar: a luta é pela revogação do projeto

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) de Minas Gerais suspendeu a ampliação do modelo cívico-militar em escolas estaduais. Zema já havia enfrentado uma crise com sua intenção de militarizar mais de 700 escolas, cujos professores e estudantes estavam, em sua maioria, se mobilizando e conquistando a manifestação de interesse contrária nas assembleias escolares.

Nesse marco, suspendeu as assembleias e, agora, também na arena do judiciário, no TCE, teve que se operar um recuo fruto da nossa mobilização, devido a inúmeras irregularidades no programa. O fez aceitando uma denúncia protocolada pela Beatriz Cerqueira.

Assim como a suspensão das assembleias escolas, seguida de uma crise com a demissão do então secretário de educação, essa medida apenas mostra a força e a qualidade da mobilização que veio se desenvolvendo nas escolas em julho e poderia incendiar MG caso o novo secretário, o privatista e neoliberal Rossieli Soares, insistisse no projeto. É apenas a ampliação para o âmbito judicial de uma vitória relativa dos trabalhadores da educação.

Por isso, é preciso ampliar a força dessa unidade entre professores e estudantes e lutar para derrotar integralmente o projeto cívico-militar na educação. Nós do Coletivo Nossa Classe Educação consideramos que é imprescindível que o SindUTE, o SindRede e os outros sindicatos da educação de MG organizem um encontro da educação, para debater as lições das nossas lutas na rede estadual, na rede municipal de BH após as fortes greves deste ano, e também a nível federal. Um encontro como este potencializaria a unidade entre trabalhadores da educação, estudantes, comunidades escolares, debatendo o conjunto dos ataques dos governos e tirando resoluções de luta para derrotar um a um e enfrentar Rossieli Soares.