MENU

Trabalhadoras e trabalhadores do CDD de Diamantina pedem socorro

Categoria ecetista destaca que a permanência prolongada da mesma gestão no local de trabalho por quase seis anos tem sido um fator contribuinte para a precarização das condições laborais

Publicado: 03 Abril, 2024 - 15h18 | Última modificação: 03 Abril, 2024 - 15h29

Escrito por: Sintect/MG | Editado por: Rogério Hilário

Sintect/MG
notice

Os trabalhadores do Centro de Distribuição Domiciliária (CDD) de Diamantina, em visita do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Sintect/MG), relataram uma série de abusos e assédios perpetrados pela gestão da unidade. Entre esses abusos, incluem-se arbitrariedades, tortura psicológica e outras formas de intimidação.

Os funcionários destacaram que a permanência prolongada da mesma gestão no local de trabalho por quase seis anos tem sido um fator contribuinte para a precarização das condições laborais. Isso é especialmente preocupante, já que se espera que a gestão esteja empenhada em resolver os problemas da unidade para melhorar as condições de trabalho. No entanto, constataram-se diversas deficiências, como cadeiras quebradas, falta de ventilação adequada, iluminação precária e até mesmo mesas improvisadas com arame para acomodar objetos registrados. Além disso, os extintores de incêndio não recebem manutenção desde 2019, aumentando significativamente o risco de acidentes de trabalho e colocando a vida dos trabalhadores em perigo em caso de incêndio.

A coincidência entre o tempo de vencimento dos extintores e a permanência da gestão no cargo levanta suspeitas de negligência intencional, possivelmente em linha com uma estratégia de sucateamento dos serviços públicos, semelhante ao que ocorreu com o Metrô de Belo Horizonte e a Eletrobrás.

Essa situação não pode ser vista como um mero descuido, mas sim como parte de uma estratégia de desmantelamento dos serviços públicos, promovida por elementos alinhados com o governo bolsonarista. A ausência de um Cipeiro (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) no local e a falta de ação por parte da direção da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) evidenciam a falta de interesse em garantir a segurança e o bem-estar dos trabalhadores.

O Sintect/MG está comprometido em apoiar os trabalhadores, fornecendo denúncias documentadas, incluindo registros fotográficos das condições precárias de trabalho, para as autoridades competentes, como o Ministério Público do Trabalho (MPT). Além disso, a mobilização dos trabalhadores é fundamental para enfrentar os diversos tipos de assédio presentes nos ambientes laborais da ECT. Não se cale, denuncie a situação da sua unidade para que o sindicato possa atuar junto aos órgãos competentes e cobrar soluções para o descaso das gestões locais.