Trabalhadoras e trabalhadores dos Correios aprovam proposta do TST
Categoria mantém estado de greve pelo plano de saúde
Publicado: 16 Agosto, 2018 - 11h05
Escrito por: Fentect
Na terça-feira (14), sindicatos representantes dos trabalhadores dos Correios se reuniram para debater a proposta de negociação para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT 2018/19), enviada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) via despacho dirigido às federações no último dia 7 de agosto. Seguindo a orientação do Comando de Negociações, as assembleias decidiram aceitar, por ampla maioria, a proposição do Tribunal.
Com isso, as cláusulas do Acordo Coletivo ficam mantidas na íntegra, apenas a situação do plano de saúde que permanece regida pelo processo TST-DC-1000295-05.2017.5.00.0000, conforme decisão do Tribunal no início deste ano. Ainda segundo a proposta do TST, o reajuste salarial será estabelecido em 3,68%, que corresponde a 100% do INPC. Além disso, os trabalhadores do Brasil aprovaram à moção de repúdio ao presidente dos Correios, Carlos Fortner, pela tentativa de interferir na proposta do tribunal, o ingresso do Procedimento de Mediação Pré-Processual (PMPP) quanto à abusividade do plano de saúde e a manutenção do estado de greve, em decorrência da campanha jurídica e política que terá início com o ingresso do PMPP.
"Foi um processo difícil, já que somos a primeira categoria a fechar um acordo coletivo após a aprovação da reforma trabalhista. Sabemos que não é a melhor proposta do mundo", disse o secretário-geral da FENTECT, José Rivaldo, na assembleia realizada em Brasília. Rivaldo destacou que o próximo passo é a revisão do plano de saúde. "Estamos com a peça pronta para entrar no Tribunal e rever a questão do plano de saúde. Não somente isso, mas fazer uma campanha de conscientização junto aos trabalhadores para chegarmos a um melhor caminho", reforçou.
O resultado das assembleias será encaminhado ao TST após análise jurídica da Fentect. Com o encaminhamento, as partes serão convocadas para assinar ACT 2018/19. É importante que a categoria permaneça em estado de greve, conforme orientação, e que esteja atenta aos desdobramentos do fim dessa campanha salarial e às atualizações do processo de mediação do plano de saúde, para reverter o pagamento de mensalidade.