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Trabalhadoras e trabalhadores vão às ruas de BH em defesa de direitos e contra Zema

Centrais sindicais, movimentos sociais, populares e estudantis se unem em manifestação do Primeiro de Maio na capital mineira

Publicado: 01 Maio, 2023 - 17h35 | Última modificação: 02 Maio, 2023 - 14h27

Escrito por: Rogério Hilário | Editado por: Rogério Hilário

Rogério Hilário
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Trabalhadoras, trabalhadores, centrais sindicais e movimentos sociais, populares e estudantis construíram uma grande Primeiro de Maio em Belo Horizonte nesta segunda-feira. O ato, que contou com a participação de parlamentares, entre eles as deputadas estaduais Beatriz Cerqueira, Macaé Evaristo, Bella Gonçalves e o deputado federal Rogério Correia, tomou conta da capital mineira, com marcha do pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) até a Praça Sete. A manifestação teve música do Bloco Sou Vermelho. As pautas da manifestação conjunta foram a reconstrução do Brasil com Lula, derrotar Romeu Zema, devolver Minas Gerais ao povo, emprego, renda e democracia, queda das taxas de juros e revogação do novo ensino médio, entre outras. O ato fez parte da programação do VII Encontro de Comitês e Movimentos Populares e Sindicais, realizado no final de semana no pátio da ALMG.

“Estamos aqui neste Dia da Trabalhadoras e do Trabalhador para fortalecer a nossa luta por um projeto que atenda aos interesses da classe trabalhadora brasileira. Estamos nas ruas pela revogação das reformas trabalhista e da Previdência, contra o novo ensino médio, as altas taxas de juros e, sobretudo, contra Romeu Zema. O governador teve o desplante de aumentar o próprio salário em quase 300%% e de homenagear o golpista Michel Temer e o ex-juiz ladrão Sérgio Moro no Dia da Inconfidência Mineira e ousou chamar Tiradentes de criminoso, de golpista. Nossa luta conjunta, aqui no Estado, é contra uma política nefasta, neoliberalista, que protege as elites e tem como projeto político ser presidente do Brasil em 2026. Não vamos permitir isso”, disse Jairo Nogueira Filho, presidente da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG).

“Acontecem atos também em Contagem, com a Missa do Trabalhador, e em Betim, com milhares de trabalhadoras e trabalhadores nas ruas por direitos, mais emprego e renda e pela democracia. E incorporamos às nossas demandas os direitos de trabalhadoras e trabalhadores por aplicativos, uma categoria que vem sendo explorada, numa situação análoga à escravidão”, acrescentou Jairo Nogueira.

“Nos unimos para defender o povo brasileiro. Temos que avançar muito na política monetária, no sistema financeiro, que é extremamente ganancioso e cruel para a população mais pobre e as pequenas empresas. Uma taxa de juros altíssima, que só favorece os grandes investidores, que só gera riqueza com a especulação financeira. Os juros bancários acompanham a taxa Selic e, por isso, a roda não gira. Com taxa baixa juros, há mais investimentos e as pessoas têm mais renda para comprar. As empresas investem mais e contratam mais”, analisou Ramon Peres, presidente do Sindicato dos Bancários de BH e Região.

“Hoje é um dia de luta e resistência da classe trabalhadora. De defesa da reconstrução do país com Lula e de grande esperança. E de fortalecer a pauta da classe trabalhadora. É nosso Primeiro de Maio sem o governo fascista e genocida de Bolsonaro. Em que a pauta não é contra os assassinatos de profissionais da saúde e contra tentativas golpistas e atentados ao estado democrático de direito. É um Primeiro de Maio em que celebramos o retorno da democracia, em que a nossa pauta é o avanço em direitos que nós queremos. E em que reiteramos nosso compromisso de luta. Forte abraço. E fora Zema”, afirmou a deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT).

“Até que enfim, numa data tão importante para a classe trabalhadora, tivemos um pronunciamento de que o salário mínimo passa de R$ 1.303,00 para R$ 1.320,00. O presidente Lula também anunciou a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até dois salários mínimos. Nos seus governos anteriores e no de Dilma Rousseff, o salário mínimo sempre foi reajustado acima da inflação e isso está de volta. E o salário mínimo, aos poucos, vai chegar ao valor para que foi instituído, devolvendo a renda digna a trabalhadoras, trabalhadores e aposentados. Além disso, em abril, foram gerados 200 mil empregos com carteira assinada, o dobro que foi registrado no mesmo período em 2022”, enfatizou o deputado federal Rogério Correia (PT).

“Mas, precisamos reduzir a taxa de juros. O Banco Central está boicotando o governo e impedindo o desenvolvimentismo. E neutralizar as ações do Congresso, cuja composição é preocupante. Golpistas querem uma CPI do Golpe que eles mesmos tentaram consolidar. E propõem uma CPI do MST, para penalizar os trabalhadores sem-terra e colocar em foco o agronegócio. Mesmo assim, vamos comemorar o Primeiro de Maio, sem esquecer de chamar a classe trabalhadora para a luta e para se organizar e, assim, contribuir para a reconstrução do país. Continuaremos sempre na luta, com presidente Lula, seguiremos avançando.”

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