Trabalhadores rurais fecham a Superintendência de Trabalho e Emprego
Categoria ocupa entrada do órgão e exigem planejamento de fiscalização no campo em caráter de urgência
Publicado: 20 Agosto, 2013 - 17h18
Escrito por: Rogério Hilário
Representantes dos trabalhadores rurais negociam com o superintendente Walmar GonTrabalhadores rurais ocuparam e fecharam na tarde desta terça-feira (20) a Superintendência Regional de Trabalho e Emprego (SRTE), no Centro de Belo Horizonte. Eles garantem que não deixarão o órgão enquanto não obtiverem resposta sobre um planejamento de fiscalização, em caráter de urgência, nas regiões Sul, Alto Paranaíba, Zona da Mata e Vale do Rio Doce pois em setembro começa a colheita de café. Em Minas Gerais, dos 800 mil trabalhadores rurais 600 mil não têm carteira assinada e são submetidos a condições precárias de trabalho e até análogas ao trabalho escravo.
Os representantes da Articulação dos Empregados Rurais de Minas Gerais (Adere-MG) se reuniram com o superintendente regional de Trabalho e Emprego, Walmar Gonçalves de Souza, e outros servidores da SRTE-MG e não obtiveram resposta satisfatória sobre a fiscalização. Segundo Walmar, o número de fiscais é limitado para atender a todas as demandas. “Não vamos enrolar vocês, mostramos a realidade em Minas Gerais, que é precária. Gostaríamos de contar com o apoio de vocês, que reivindicassem do governo a contratação de mais fiscais.”
“Já fizemos os mesmos pedidos em 2011 e 2012 e não fomos plenamente atendidos. Vamos dormir dentro do Ministério do Trabalho se não obtivermos resposta. Sempre afirmam que não tem fiscais em número suficiente. O trabalhador não tem culpa disso, a fiscalização precisa de feita de qualquer jeito. Queremos que o Ministério do Trabalho cumpra o papel dele. Por isso fechamos as portas da superintendência para forçar que surja uma decisão, que seja Brasília”, disse Jorge Ferreira dos Santos Filho, da Adere-MG Via Campesina. De acordo com ele, As infrações mais comuns são o trabalho escravo ou sem a carteira assinada e a exploração da mão de obra infantil.
Mais informações:
Jorge Ferreira – (35) 9922-7913 – (35) 9905-1883 – (35) 8704-2922