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União e luta contra anistia a golpistas e em defesa da democracia

Manifestação em Belo Horizonte contou com movimentos sindical, populares e sociais e parlamentares. Fizeram parte do protesto as pautas prisão para Bolsonaro, "Fora Zema" e solidariedade ao povo palestino

Publicado: 25 Março, 2024 - 11h12 | Última modificação: 25 Março, 2024 - 11h49

Escrito por: Rogério Hilário, com informações do jornal O Tempo | Editado por: Rogério Hilário

Rogério Hilário
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O Dia Nacional de Mobilização contra a Anistia aos Golpistas, que organizaram e participaram dos atos de vandalismo em Brasília no dia 8 de janeiro de 2023, uniu movimentos sindical, populares e sociais e parlamentares em ato na Praça Afonso Arinos, Centro de Belo Horizonte, na manhã de sábado, 23 de março. Na manifestação foram acrescentadas as pautas da prisão de Jair Bolsonaro, “Ditadura Nunca Mais”, “Fora Zema”, contra as privatizações e genocídio do povo palestino por Israel. O protesto foi organizado pela Frente Brasil Popular, Movimento Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo com apoio da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG) e teve a participação do Bloco de Luta Sou Vermelho e da bateria do Levante Popular da Juventude.

Durante o ato, foi citado o lançamento, nesta segunda-feira, 25 de março, às 19 horas, na Casa de Jornalista (SJPMG - Avenida Álvares Cabral, 400) do livro de Breno Altman "Contra o Sionismo - Retrato de uma Doutrina Colonial e Racista", seguido de palestra sobre a questão palestina, palestra e sessão de autógrafos com o autor. 

Os detidos pela manifestação de 8 de janeiro e os organizadores estão sendo investigados e julgados por tentativa de golpe contra o governo Lula, eleito democraticamente. O processo tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), sob responsabilidade do ministro Alexandre de Moraes. No Congresso Nacional foram apresentadas propostas que visam perdoar os envolvidos na invasão,  nos atos de vandalismo e depredação das dependências do STF, do Congresso e do Palácio do Planalto.

“Este ato é também para lembrar os 60 anos do golpe militar que terminou com a anistia dos golpistas. A nossa tarefa é não permitir que seja apagado da história o golpe de 64. A anistia naquele momento, no fim da ditadura militar, se reflete nos dias de hoje. Tentativas de golpe, com os mesmos golpistas da época, gente que continua influente hoje e não podemos permitir outros ataques contra a democracia”, afirmou Jefferson Leandro Teixeira da Silva, do Movimento Brasil Popular e diretor do Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores na Indústria Energética de Minas Gerais (Sindieletro/MG).

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O deputado federal Rogério Correia (PT), que atuou na CPMI do 8 de Janeiro, no Congresso Nacional, acredita que foi um erro minimizar a tentativa de golpe de Estado.

”Na CPI ficou claro que toda a organização prévia, ainda no dia da diplomação do presidente Lula. Não houve golpe por causa da ação rápida da Justiça eleitoral, dos presidentes da Câmara e do Senado, que reconheceram o resultado ainda no dia da eleição. Se houvesse agitação política após a eleição, o risco era real”, destacou o parlamentar.

“Hoje o risco de golpe é menor. Existe uma minoria, aproximadamente 140 deputados que ainda insistem em um impedimento do presidente Lula e tumultuam o processo democrático, mas isso não significa que possamos relaxar diante da defesa da democracia. É fundamental que permaneçamos alerta e que mantenhamos a bandeira ‘Sem Anistia’. Que a vitória da democracia seja construída com a nossa luta e nossa mobilização”, disse Rogério Correia, que distribuiu resumo do relatório da CPMI do golpe.