Trabalhadoras e trabalhadores se mobilizam contra a taxa de juros
Sindicato dos Bancários de BH e Região, CUT/MG e representantes de outras entidades e categorias se unem em mais um ato em frente à sede do Banco Central
Publicado: 20 Setembro, 2023 - 15h31 | Última modificação: 20 Setembro, 2023 - 15h38
Escrito por: Sindicato dos Bancários de BH e Região | Editado por: Rogério Hilário
Trabalhadoras e trabalhadores se mobilizam, em todo o Brasil, nesta quarta-feira, 20, contra a taxa de juros extremamente elevada e que prejudica o desenvolvimento do país. O Sindicato dos Bancários de BH e Região e a Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG) realizaram ato pela manhã em frente à sede do Banco Central na capital mineira, que contou com representantes de outras entidades e categorias.
Durante a atividade, manifestantes dialogaram com a população sobre as mazelas da taxa de juros que vem sendo mantida pela política monetária do presidente da instituição, Roberto Carmpos Neto, que emperra o crescimento da economia, impede a criação de empregos de qualidade e investimentos nas áreas do país que mais precisam.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vêm mostrando uma inflação sob controle e, até mesmo, redução nos preços dos alimentos. Além disso, em 2023, a moeda brasileira se valorizou, o desemprego é o menor dos últimos oito anos e projetos importantes para o país estão sendo aprovados no Congresso Nacional.
Entre as entidades presentes, estavam a Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de Minas Gerais (Fetrafi-MG), o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) e o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Minas Gerais (Sintect-MG).
Além das manifestações nas ruas, foi promovido um tuitaço com a hashtag #JurosBaixosJá, que chegou aos assuntos mais comentados do país.
Juros extorsivos
O índice de 13,25% na taxa básica de juros (Selic) mantém o juro real da economia brasileira como o mais elevado do mundo. O Copom está em reunião, neste 20 de setembro, para decidir se altera a taxa e analistas econômicos têm feito previsões de corte de 0,5 ponto percentual.
O movimento sindical, movimentos sociais e a sociedade civil em geral têm pressionado o Banco Central, desde o começo do ano, por uma queda mais acentuada nos juros, para que o país se desenvolva com emprego, investimentos e mais renda para a população.
Como explicado em informativo distribuído pelo Sindicato dos Bancários de BH e Região durante a manifestação desta quarta-feira, a inflação sob controle permite uma ação mais incisiva do BC. Juros altos significam uma economia estagnada, aumento da dívida pública, crédito caro e menos investimentos em áreas importantes como educação, saúde e infraestrutura.
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