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Para a CUT/MG, a luta contra o racismo é permanente

Vamos juntos e juntas construir um mundo onde a cor da pele não seja motivo de opressão, mas de celebração

Publicado: 20 Novembro, 2023 - 11h53 | Última modificação: 20 Novembro, 2023 - 19h41

Escrito por: CUT/MG | Editado por: Rogério Hilário

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O Dia Nacional da Consciência Negra é uma data de celebração e, também, de conscientização da população brasileira sobre a força, a resistência e o sofrimento que povo negro viveu desde a colonização. É também um momento de reforçar a luta por um Brasil antirracista, pela igualdade, a valorização da diversidade, da cultura e da contribuição de negras e negros para a construção deste país, contra o preconceito, a discriminação e a violência.

Para a Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), a luta antirracismo é permanente, pois a desigualdade e a exclusão persistem e são mais evidentes a cada dia, mesmo após mais de um século do fim da escravidão.

No pós-abolição, em 1888, pessoas negras não tiveram acesso à terra, indenização ou reparo por quase três séculos de escravidão. Muitos permaneceram nas fazendas em que trabalhavam e serviço pesado e informal. A partir daí se instalou a exclusão de pessoas negras dentro das instituições, na política e em todos os espaços de poder, que se define como racismo estrutural, uma das formas de preconceito que persistem neste país. Um conjunto de práticas discriminatórias, institucionais, históricas e culturais dentro de uma sociedade que frequentemente privilegia algumas raças em detrimento de outras.

O termo é usado para reforçar o fato de que há sociedades estruturadas no racismo, o que favorece pessoas brancas e desfavorece negros e indígenas. O racismo estrutural mantém um processo longo de desigualdade entre brancos e negros, que se desdobra no genocídio de pessoas negras, no encarceramento em massa, em pobreza e violência contra as mulheres.

De acordo com pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a desigualdade persiste entre pessoas negras e não negras no mercado de trabalho. De acordo com a pesquisa, as mulheres negras vivenciavam taxa de desocupação de 13,9%. Para os homens negros, a taxa era de 8,7%; para as não negras, de 8,9%; e para os não negros, a taxa foi menor, de 6,1%.

O 20 de novembro foi incluído no calendário escolar nacional em 2003, porém, apenas em 2011, a então presidenta Dilma Rousseff (PT) sancionou a Lei 12.519, que instituiu oficialmente a data como o Dia Nacional de Zumbi, Dandara e da Consciência Negra.

Para a Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), a luta antirracismo é permanente, pois a desigualdade e a exclusão persistem e são mais evidentes a cada dia, mesmo após mais de um século do fim da escravidão.

Vamos juntos e juntas construir um mundo onde a cor da pele não seja motivo de opressão, mas de celebração. Feliz dia da consciência negra!